2019-06-18 (IPMA)
O aparecimento de maré vermelha na zona de Faro/Praia da Falésia é devido à presença em concentrações elevadas de Lingulodinium polyedrum, um dinoflagelado eventualmente produtor de iessotoxinas (biotoxinas marinhas). Não se conhecem intoxicações em humanos devido ao consumo de moluscos contaminados com esta biotoxina. Em condições menos favoráveis esta microalga forma quistos resistentes que se depositam nos sedimentos;
Havendo correntes favoráveis, devido a algum processo de ressuspensão para a coluna de água, e por encontrarem um conjunto de condições oceanográficas ideais, como uma temperatura da água mais elevada (valores de verão para o algarve) os quistos germinam, formando esta proliferação.
É uma espécie observada na rotina do programa de monitorização de moluscos bivalves, com presença regular nas águas portuguesas, mas não em concentrações tão elevadas como as agora verificadas.
Por causa da maré vermelha na zona de Faro/Praia da Falésia, procedeu-se à intensificação da amostragem de água para identificação de fitoplâncton tóxico, para além das amostras regulares de bivalves para a pesquisa de biotoxinas marinhas que efetua nas zonas afetadas.
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