2016-09-07 (IPMA)
A localização de um anticiclone sobre a Península Ibérica e Norte de África, estendendo-se na vertical aos vários níveis da troposfera e orientado no sentido Sul – Norte, originou transporte de ar muito quente do interior da Península Ibérica e Norte de África, forte subsidência (descida) do ar e vento fraco.
Desta situação meteorológica resultou uma intensificação do aquecimento do ar junto ao solo, verificando-se valores extremamente elevados da temperatura do ar, em especial na região sudoeste da Península Ibérica.
Nos dias 5 e 6 registaram-se valores de temperatura média do ar muito elevados em Portugal continental, sendo o dia 6 de setembro o mais quente do ano, com uma temperatura média de 29.2 °C, valor superior aos registados nos dias 8 e 7 de agosto, com 28.7 e 28.6 °C, respetivamente.
No dia 6 os valores médios da temperatura máxima, 38.6 °C, e mínima, 19.8 °C, foram também os mais altos deste ano.
Nos dias 5 e 6 de setembro foram ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima para o mês de setembro em 73% das estações (total de 82 estações): 17% no dia 5 e 56% no dia 6. De destacar que em 24% das estações foram ultrapassados no dia 6 os maiores valores de temperatura máxima registados no dia 5.
De referir também os valores muito altos da temperatura mínima, que ultrapassaram os maiores valores anteriormente observados nas estações de Vila Real, Guarda, Castelo Branco, Lisboa, Évora, Beja e Vila Real de Santo António.
De salientar a ocorrência de uma onda de calor, com início no final de agosto ou 1 de setembro, em grande parte das regiões do Norte e Centro e interior do Alentejo.
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