2022-11-16 (IPMA)
- A ciência de que precisamos para o Oceano que queremos -
Foi publicado hoje o Concurso Publico Internacional para a instalação de novos sensores no Navio de Investigação (NI) Mário Ruivo, alargando as suas capacidades para o conhecimento científico do Oceano, com financiamento de cinco milhões de euros, provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência e do EEA. Hoje também recebemos o primeiro grupo de cinco sensores ARGO que irá ser colocado na nossa zona oceânica adjacente, transmitindo informação oceanográfica da coluna de água, adquiridos com financiamento EEA Grants e Mar2020. Celebra-se assim da melhor forma o Dia Nacional do Mar, dia 16 de novembro.
Muitos são os desafios que hoje se se colocam à gestão do Oceano. Todos têm em comum a necessidade de mais e melhor conhecimento. Um destes desafios prende-se com a mudança climática e o seu impacte nos ecossistemas marinhos e na dinâmica do oceano, dado o papel central que o oceano tem na regulação climática do planeta.
O NI Mário Ruivo, operacional desde 2020 e que tem realizado um grande número de missões de investigação, será dotado de novas capacidades, reforçando a sua missão de plataforma multidisciplinar, capaz de endereçar os desafios da conservação ambiental do oceano, da defesa dos ecossistemas vulneráveis, da monitorização constante das espécies biológicas e das variações dos parâmetros oceanográficos fundamentais em toda a coluna de água.
Os sensores ARGO complementarão as observações dos observatórios fixos instalados no quadro do programa EMSO-PT uma infraestrutura científica que reúne todos os grupos nacionais de investigação marinha. Em conjunto, estes sensores irão fornecer em tempo real valores das variáveis físicas, químicas e biológicas, que irão informar as ações de mitigação e adaptação previstas nos acordos internacionais.
Portugal entra assim na comunidade dos países que desenvolve um esforço efetivo para a defesa da saúde do oceano, promovendo a utilização económica, desde que compatível com a preservação a longo prazo dos recursos e serviços dos ecossistemas marinhos.
Na COP27, 27ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, que está a decorrer em Sharm El-Sheikh, no Egipto, até 18 de novembro, o tema oceano-clima aparece com enfoque dedicado em múltiplas sessões. Pela primeira vez na história das COP do Clima, é possível encontrar na zona expositiva um pavilhão especificamente dedicado ao oceano-clima, onde a comunidade interessada se encontra, discute e procura interagir com as mais variadas comunidades que participam da Conferência. Se está interessado em assistir online aos eventos que constam da programação do Pavilhão do Oceano saiba tudo no "link 1" indicado abaixo.
Destacamos duas iniciativas de grande relevo para o futuro do planeta: “A Sustainable Ocean Observing System for Science Based Climate Action”, onde o foco é colocado na utilização dos sensores ARGO e “A Global Integrated Marine Biodiversity Information Management and Forecasting System for Sustainable Development and Conservation”. O IPMA acompanha estas iniciativas (para mais informações consulte o "link 2" abaixo).
Também neste Dia, o IPMA recebeu o "Prémio Inovação" da Expo Fish Portugal 2022 - a primeira feira internacional totalmente virtual dedicada ao pescado e ao mar português - com o projeto "MackBurguer", o qual foi recebido pela Chefe de Divisão de Valorização e Bioprospeção, Narcisa Bandarra (link 3 abaixo).
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