2017-03-28 (IPMA)
Os nomes Matthew e Otto foram substituídos por Martin e Owen na lista rotativa de nomes utilizados para os ciclones tropicais devido aos elevados danos e numerosas mortes causadas em 2016, nas regiões do Mar das Caraíbas, Golfo do México, Atlântico Norte e leste do Pacífico Norte.
O Comité de Furacões da Associação Regional IV (América do Norte, Central e Caraíbas) da Organização Meteorológica Mundial (OMM) tomou esta decisão durante a sua 39ª sessão, e onde Portugal esteve representado, que decorreu entre 23 e 26 deste mês de março, em San José da Costa Rica.
"A OMM e os seus membros estão continuamente a trabalhar, baseando-se nos impactos e nos diversos riscos, como a velocidade do vento, a sobreelevação do nível do mar de origem meteorológica (storm surge) e inundações costeiras ou continentais, para fornecer serviços de previsão e alerta precoce cada vez mais precisos ", disse Wenjian Zhang, subsecretário-geral da OMM.
"Tem havido um enorme progresso na redução de perda de vidas e bens aquando da ocorrência de ciclones tropicais e de outros fenómenos extremos. Sem avisos atempados e precisos e sem coordenação e cooperação regional, as baixas devido ao furacão Matthew teriam sido muito mais elevadas. ", disse Zhang.
A atividade dos ciclones tropicais na bacia atlântica, durante a época de 2016, esteve acima da média 1981-2010, de acordo com o centro meteorológico regional especializado de Miami da OMM (US National Hurricane Center). Formaram-se 15 tempestades tropicais, das quais 7 tornaram-se furacões e 4 atingiram categoria 3 ou superior na Escala de Vento de Furacões de Saffir-Simpson.
O RSMC Miami assume a liderança no fomento da coordenação e formação regional e no desenvolvimento de melhorias quer em alertas quer nas atividades operacionais.