2022-04-06 (IPMA)
Prossegue a sismicidade elevada na Ilha de S. Jorge, no Arquipélago dos Açores, que se prolonga desde o dia 19 de março. O ritmo de libertação de energia sísmica tem apresentado alguma redução, apesar de se manter bem acima dos valores normais para a ilha. As figuras abaixo mostram a variação acumulada da energia, bem como a distribuição dos eventos em função da magnitude. Ambos os gráficos indicam, para já, alguma estabilidade.
Um dos elementos fundamentais para a caracterização da crise sismo-vulcânica de S. Jorge e que tem tido muito eco nas redes sociais prende-se com a deteção pelo satélite SENTINEL de uma deformação da superfície da ilha de S. Jorge próxima dos 8 cm, indiciadora de uma intrusão magmática cuja profundidade não está ainda bem determinada.
Esta informação veiculada por várias organizações científicas foi reforçada indiretamente por medições GNSS realizadas pela equipa da UBI/IDL. Admitindo como válida a sobre-elevação avaliada pelo InSAR, não existe coincidência entre a região onde se localizam os epicentros e a região sobrelevada, provavelmente pelo facto de a sismicidade ocorrer em fracturação pré-existente e ser condicionada pela tectónica regional.
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