2025-10-16 (IPMA)
As equipas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), do Instituto Hidrográfico (IH), do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), levam a cabo a campanha oceanográfica “Áreas Marinhas Protegidas Oceânicas 2025” a bordo do NRP D. Carlos I, navio hidrográfico da Marinha Portuguesa.
Focando-se no monte submarino Coral Patch, no complexo geológico Madeira-Tore e montes submarinos adjacentes, a missão contemplou uma primeira fase de manutenção operacional da estação de observação oceanográfica IbMa-CSV, instalada ao largo do Cabo de S. Vicente, no âmbito da Iberian Margin Regional Facility, nó regional do consórcio europeu European Multidisciplinary Seafloor and Water Column Observatory - European Research Infrastructure (EMSO ERIC).
A campanha começou a 10 de outubro na Base Naval do Alfeite e terminará no próximo dia 18 no Funchal, após a execução de diferentes trabalhos no monte submarino Coral Patch, como a realização de estações de amostragem visual com o veículo submarino EVA do INESC TEC e o lançamento de três flutuadores Argo, contribuição de Portugal para o Programa Mundial Argo, que permitem medir a temperatura, salinidade, oxigénio dissolvido, pressão e outras varáveis biogeoquímicas, até aos 2000 metros de profundidade, e estimar as correntes oceânicas aos 1000 metros, transmitindo os dados via satélite, em tempo quase real.
O IPMA coordena o projeto “Planos de gestão e monitorização de Áreas Marinhas Protegidas Oceânicas: Caracterização ecológica de montes submarinos do Complexo-Geológico Madeira-Tore e adjacentes (AMP Oceânicas)”. Financiado pelo Fundo Azul, este projeto procura contribuir para o desenvolvimento do Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo Nacional (PSOEM), nomeadamente para a implementação da Rede Nacional de Áreas Marinhas Protegidas (RNAMP).
As campanhas do projeto são determinantes para a caracterização da biodiversidade, dos habitats e processos biofísicos associados em zonas oceânicas com elevado valor ecológico, permitindo identificar as áreas de elevado interesse para a conservação e constituir a base científica, que servirá de suporte à gestão das atuais e futuras áreas classificadas.
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