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Tornados Alcântara e Sto Estêvão

2022-11-10 (IPMA)

Tornados de Alcântara (Lisboa) e de Santo Estêvão (Benavente), 8 de novembro de 2022

Uma superfície frontal fria associada a uma depressão centrada a noroeste das ilhas Britânicas aproximava-se do território do continente durante a madrugada do dia 8 de novembro, em progressão de Oeste para Este. O território, ainda em setor quente, encontrava-se sob a influência de uma massa de ar tropical marítimo caraterizada por conteúdo moderado em água precipitável e instabilidade igualmente moderada. Nesta massa de ar organizavam-se diversas linhas de instabilidade, uma das quais viria a afetar a região compreendendo o sul da Estremadura e o Vale do Tejo, entre o final da manhã e o meio da tarde. A distribuição do wind shear (variação do rumo e/ou intensidade do vento) na vertical, na camada situada entre a superfície e os 6 km de altura suportava um ambiente neutro a marginalmente favorável à formação de convecção organizada. Ou seja, à formação de nuvens com desenvolvimento vertical de ciclo de vida mais longo do que o habitual e circulações específicas, suscetíveis de produzirem condições de tempo adverso. O valor do wind shear na camada entre a superfície e 1 km de altura era relativamente favorável a processos de intensificação da rotação em níveis próximos da superfície.

Nesta linha de instabilidade formaram-se diversas estruturas de natureza supercelular. A assinatura de uma destas supercélulas, cujo mesociclone produziu um padrão de dipolo no campo da velocidade Doppler em relação à tempestade (em baixa elevação), revelador de rotação, pode ser continuamente seguida nas observações do radar de Coruche, por um período prolongado (Figura). A circulação mesociclónica em níveis baixos não corresponde à rotação de um tornado, a menos que se intensifique suficientemente. Este incremento na magnitude da rotação do mesociclone verificou-se em dois momentos distintos durante o referido período. A cada uma destas intensificações correspondeu a materialização de um tornado. O primeiro dos tornados ocorreu no período aproximado 13:55-13:57 UTC na zona ocidental da cidade de Lisboa (freguesias de Ajuda e Alcântara, concelho e distrito de Lisboa) doravante designado por tornado de Alcântara. O segundo tornado ocorreu no período aproximado 14:52-14:58 UTC numa área da freguesia de Santo Estêvão (concelho de Benavente, distrito de Santarém), designado por tornado de Santo Estêvão.

Pela análise das observações com radar, consulta de documentação e relatos recolhidos pelo IPMA e também disponíveis nos media e redes sociais, foi possível apurar alguns elementos sobre cada um dos fenómenos. Em ambos os casos os tornados propagaram-se segundo um rumo geral de Sudoeste-Nordeste (cerca de 240°), seguindo a trajetória da nuvem-mãe (orientação que é possível seguir na animação da Figura) a uma velocidade aproximada de 13,3 m/s (48 km/h). Ainda sem o necessário detalhe nesta fase preliminar, foram assinalados (ver Figura) o ponto correspondente ao local em que o tornado de Alcântara se encontrava, aproximadamente, às 13:55 UTC e ao local em que o tornado de Santo Estêvão se encontrava, aproximadamente, às 14:52 UTC. Os símbolos “T” assinalam-se junto a cada local de tornado apenas nos instantes da observação com radar mais próximos (ver Figura). Qualquer dos tornados produziu danos significativos nas áreas afetadas, designadamente queda de árvores de grande porte, arrancamento e projeção de telhas, danos em viaturas, edifícios, moradias, etc. O trajeto de destruição do tornado de Alcântara terá tido uma extensão entre 1.5 e 2 km e uma largura de 30-50 m. O trajeto do tornado de Santo Estêvão terá alcançado uma extensão de, pelo menos, 5 km (ainda em avaliação) e uma largura da ordem de 30-100 m.

Faz-se notar que embora a longevidade desta supercélula não seja invulgar em Portugal, já o período durante o qual a circulação mesociclónica foi continuamente identificada em níveis baixos é fora do comum. Por outro lado, reforça-se a ideia de que se tratou de dois tornados distintos, embora com origem na mesma supercélula, facto que em si mesmo também configura uma situação rara no nosso território.
De acordo com uma análise preliminar dos efeitos da destruição causada ao longo dos trajetos de cada tornado, admite-se que ambos os fenómenos tenham alcançado uma intensidade F1/T2 (escala clássica de Fujita/escala de Torro), correspondendo a vento na gama 33-41 m/s, ou seja, 119-148 km/h (rajada, média de 3s). Estes valores devem ser considerados como provisórios, podendo vir a ser confirmados ou alterados proximamente.

O IPMA deixa o seu agradecimento a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, colaboraram no sentido de permitir a análise destes fenómenos.

Legenda: Sequência de Imagens de PPI (indicador de posição plana, elevação 0.1°) de velocidade Doppler em relação à tempestade (m/s), 13:26 – 15:16 UTC, 8 novembro 2022, radar de Coruche. Setas curvas a preto assinalam o padrão dipolar indicativo de circulação do mesociclone da supercélula, a baixa altitude. Pontos a azul assinalam o local onde cada um dos tornados (“T”) se encontrava pelas 13:55 UTC, no caso do tornado de Alcântara, e pelas 14:52 UTC, no caso do tornado de Santo Estêvão.

 

Imagens associadas

  • Imagem do radar de Coruche entre as 13:26 e as 15:16 UTC, de 8 novembro de 2022

    Imagem do radar de Coruche entre as 13:26 e as 15:16 UTC, de 8 novembro de 2022

 

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