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Investigação da Falha GLORIA, Nordeste Atlântico

2020-04-08 (IPMA)

CAMPANHA DE OCEANOGRAFIA GEOLÓGICA M162
Investigação da Falha GLORIA, Nordeste Atlântico; 5 de março a 5 de abril de 2020

A integração da Humanidade de uma forma sustentável na Terra é o desafio mais importante porque envolve tudo e todos. A Humanidade tem enfrentado catástrofes que resultam da sua incapacidade de adaptação sustentável quer na sua relação interna (mulheres e homens entre si e nos diversos cantos do mundo) quer na sua relação com o ambiente. As guerras, as epidemias e as catástrofes naturais são exemplos claros. Conhecer o Sistema Terra para viver harmoniosamente é uma prioridade.

Decorreu de 5 de março a 5 de abril a campanha de oceanografia geológica M162 a bordo do navio oceanográfico alemão, Meteor. O objetivo deste projeto é “explorar a desidratação mineral e os fluxos de fluidos subterrâneos ao longo Falha “GLORIA” que constitui o limite de placas litosféricas entre África e Eurásia”.

As grandes fraturas na litosfera (a zona rígida externa da Terra onde vivemos) podem gerar grandes sismos e tsunamis. Para nos prepararmos para estas grandes catástrofes é necessário conhecer os objectos geradores e monitorizá-los. Um pouco à semelhança do que se passa com a epidemia COVID-19 que agora vivemos: todos os dias queremos saber a sua evolução para sabermos como atuar. Como escreveu Robertson Davies, “o olho apenas vê o que a mente está preparada para compreender” (Davies, 1951).

Os fluidos (água quente e magma) transportam matéria e calor no interior da Terra, podendo assim causar aquecimento ou arrefecimento e facilitar reacções químicas, transformando assim as rochas pré-existentes. A transformação das rochas implica a mudança do seu comportamento e, por isso, o modo como reagem às forças que as afetam (figura 1). Compreendendo, mapeando estas alterações poder-se-á monitorizar as falhas sismogénicas e tsunamigénicas de modo a poder mitigar-se a sismicidade maior.

A Falha GLORIA tem 900 km e é uma das três partes da conhecida Zona de Fratura Açores-Gibraltar (ZFAG) que é o limite entre as placas litosféricas, África e Eurásia, no Oceano Atlântico. As outras duas são o rifte da Terceira nos Açores com ~600 km e a Falha SWIM no sudoeste da Península Ibérica com ~700 km (Figura 1).

Descobriu-se numa campanha anterior a esta, em 2014, liderada pelas mesmas equipas, que o segmento Falha SWIM da ZFAG medeia a circulação de água do mar até profundidades mínimas de ~4 km e que estas reagem com as rochas que atravessam. Sabe-se que no Rifte da Terceira há magmatismo e hidrotermalismo ativos, ou seja geração e circulação de magma e águas termais. Resta compreender o que acontece na Falha GLORIA. Afinal, a falha que gerou em 1941, o sismo de magnitude 8,4 na escala de Richter, o maior sismo registado instrumentalmente em todo o Atlântico e suas margens continentais e ilhas.

A compreensão da Falha GORIA é parte dum enigma que é importante desvendar: está a margem de Portugal continental a iniciar a sua subducção? Ou seja a começar a consumir o fundo oceânico? Como acontece, por exemplo, nas margens do Japão, do Chile, da Indonésia, do Alasca onde se verificam os maiores sismos? Não esqueçamos que o sismo e tsunami de Lisboa de 1 de novembro de 1755 teve magnitude suficiente para figurar em todos os catálogos dos maiores sismos históricos de sempre.

Na campanha M162 recolheram-se 45 sondagens de gravidade ao longo de 1000 km da ZFAG, a mais longa das quais tem 4,85 m de comprimento, imagens de fundo e sondagens de fluxo de calor (figura 1, 2 e 3). A análise visual das sondagens de gravidade mostrou que: (1) existem muitos eventos de transportes de massa (turbiditos) que deverão estar relacionados com sismos (Figura 2); (2) vários eventos de alterações químicas cíclicas relacionadas com alternância da acção de bactérias, animais do fundo marinho e de fluidos subterrâneos profundos (Figura 2); (3) eventos vulcânicos longínquos. As análises químicas subsequentes permitirão classificar e compreender os processos superficiais e profundos. A análise isotópica permitirá datar sismos antigos.

A campanha foi financiada pela Fundação Alemã para a Ciência e foi chefiada pelo Dr Christian Hensen do GEOMAR (Centro Helmholtz para a investigação dos Oceanos). Participaram nesta campanha investigadores de várias nacionalidades e uma equipa portuguesa de várias instituições, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Universidade de Évora, com financiamento nacional.

 
  • Entrevista ao Regional
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Imagens associadas

  • Figura 1 A - Modelo esquematico da interacção entre a sismicidade, fluidos hidrotermais e comunidades biológicas ao longo duma zona de fratura oceânica (adaptado de Hensen et al., 2019, in Frontiers: doi: 10.3389/feart.2019.00039

    Figura 1 A - Modelo esquematico da interacção entre a sismicidade, fluidos hidrotermais e comunidades biológicas ao longo duma zona de fratura oceânica (adaptado de Hensen et al., 2019, in Frontiers: doi: 10.3389/feart.2019.00039

  •  Figura 1B: Zona de Fratura Açores-Gibraltar (ZFAG). (A) ZFAG com sismos e magnitudes (ex. M8.4); (B) Falhas SWIM (SouthWest Iberia Margin); (C) Falha GLORIA, Rifte Terceira e posição de sondagens de gravidade.

    Figura 1B: Zona de Fratura Açores-Gibraltar (ZFAG). (A) ZFAG com sismos e magnitudes (ex. M8.4); (B) Falhas SWIM (SouthWest Iberia Margin); (C) Falha GLORIA, Rifte Terceira e posição de sondagens de gravidade.

  • Figura 2: Inspeção de segmento de sondagem no geolab. Turbiditos- depósitos de massa muitas vezes causados pela vibração sísmica.

    Figura 2: Inspeção de segmento de sondagem no geolab. Turbiditos- depósitos de massa muitas vezes causados pela vibração sísmica.

  • Figura 3- amostradores do fundo oceânico

    Figura 3- amostradores do fundo oceânico

 

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