Instituto Portugues do Mar e Atmosfera - Homepage

  • Quem somos | 
  • Onde estamos | 
  • Conselho científico | 
  • Recrutamento | 
  • Formação@IPMA | 
  • Investigação | 
  • eBiblioteca | 
  • Enciclopédia | 
  • Contacto | 
  • EN
  • Tempo
    • Previsão significativa
    • Previsão 10 dias e horária
    • Previsão descritiva
    • Avisos Meteorológicos
    • Cartas meteorológicas
    • Perfis verticais
    • Imagens satélite
    • Imagens radar
    • Descargas elétricas
    • Estações Online
    • Radiação Solar
    • Previsão no mundo
    • Previsão período alargado
    • Previsão sazonal
    • Previsão ciclones tropicais
    • Testemunhou um fenómeno meteorológico?
  • Mar
    • Praias e Portos
    • Previsão para navegação
    • Previsão altura significativa
    • Previsão período de pico
    • Previsão de corrente
    • Previsão de temperatura
    • Previsão da elevação
  • Sismos
    • Atividade sísmica
    • Shakemap
    • Sentiu um sismo?
    • Comunicados
    • Tensor Momento Sísmico
    • Escalas sísmicas
    • Rede sísmica
    • Medidas em caso sismo
    • Projetos
    • Boletins
  • Clima
    • Acompanhamento do clima
    • Extremos climatológicos
    • Normais climatológicas
    • Séries longas
    • Monitorização diária
    • Monitorização mensal
    • Monitorização da Seca
    • Ondas de Calor
    • Boletins climatológicos
    • Gases com efeito estufa
    • Portal do Clima
    • Serviços de Clima
  • Bivalves
    • Bivalves - ponto situação
    • Zonas de Produção
    • Documentos e Legislação
    • Biotoxinas
    • Fitoplâncton Nocivo
    • Metais Contaminantes
    • Microbiologia
    • Histórico interdições
  • Pescas e aquacultura
    • Recursos Vivos
    • Estação Piscicultura de Olhão
    • Estação Moluscicultura de Tavira
    • Estação Oceanográfica Cascais
    • Projectos
    • Divulgação
    • Espaço Aquicultura
    • ICES
  • Aeronáutica
    • Mensagens TAF e METAR
    • Self Briefing
    • Saber mais, aeronáutica.
  • Agricultura
    • Percentagem água solo
    • Vegetation Health Index (VHI)
    • Fração radiação absorvida (FAPAR)
    • Boletins agrometeo
    • Mais informação
    • Plataforma agroclimática
  • Saúde
    • Índice ultravioleta
    • Ozono
    • Pólens
  • Navios
    • Enquadramento
    • NI Mário Ruivo
    • NI Diplodus
    • Maris
    • Recife II
    • Cardium
  • Espaço
    • Satélite MSG
    • Imagens do sol
  • Fogos Rurais
    • Perigo de Incêndio Continente
    • Perigo de Incêndio Madeira
    • FWI e Probabilidade de Extremos
    • Relatórios Perigo de Incêndio
IPMA>Centro de Media>Noticias

Extenso outflow convectivo no sul de Portugal continental, 7 junho 2015

Mapa de isócronas2015-11-19 (IPMA)

Conforme anterior notícia publicada pelo IPMA na sua página Internet, o dia 7 de junho foi marcado pela ocorrência de rajadas de vento forte no sul do território do continente. Os elementos inicialmente disponíveis apontavam para uma situação com incidência sobre as áreas de Lisboa e Setúbal, tendo um estudo posterior, de que se dá resumidamente conta nesta notícia, revelado ter-se tratado de um episódio de escala espacial superior. Afetou uma área muito extensa compreendendo o sul do território português e uma parte das províncias espanholas da Estremadura e Andaluzia.

O recurso a produtos de modelos de previsão numérica do tempo, bem como a elementos de observação remota (satélite, radar), de observações de superfície e de observações aerológicas (radiossondagem) permitiu caraterizar a atmosfera aos diversos níveis, com enfoque sobre a área situada a sudoeste da península Ibérica. Foi, assim, possível diagnosticar a causa para os inúmeros relatos de vento forte produzidos na área de interesse sobre o território e acompanhar a propagação da perturbação gerada sobre este.

Na referida região sobre o mar, em particular a partir da madrugada daquele dia, verificou-se que a atmosfera sustentava a formação de nuvens com desenvolvimento vertical, mas com bases particularmente elevadas, estando disponível instabilidade modesta mas até níveis elevados. Adicionalmente constatou-se a presença de um elevado teor em água precipitável. Neste contexto seria de presumir a formação de uma massa nebulosa com grande potencial precipitante, isto é, com capacidade para produzir bastante precipitação. No entanto, verificou-se igualmente a presença de duas camadas de ar seco, a mais baixa das quais coincidindo com o troço da atmosfera situado abaixo da base das nuvens e a mais elevada coincidindo com o terço superior da mencionada massa nebulosa.

Todos estes ingredientes foram determinantes para os fenómenos que viriam a ocorrer. A mistura de bolsas de ar seco com a massa nebulosa das suas vizinhanças, em altitude, gera forte evaporação e sublimação dos hidrometeoros presentes a esses níveis altos (gotículas de água, gotas de chuva e cristais de neve e de gelo). Como consequência podem ocorrer extensos fenómenos de dissipação dos topos das nuvens, acompanhados por perda de calor latente por parte do ar seco envolvido no processo. Dada a grande extensão vertical da atmosfera em que estes fenómenos se verificaram, foi possível a formação de fortes correntes de ar descendentes organizadas. Estas correntes seriam originalmente ricas em hidrometeoros (incluindo gotas de chuva) mas aos níveis baixos já deveriam ter perdido parte do conteúdo em água, situação que seria reforçada pela presença de ar seco entre a base das nuvens e a superfície. Estas correntes descendentes de ar frio, já sem precipitação mas sofrendo processos de aceleração em relação ao solo, convertem-se em escoamentos horizontais (de ar relativamente húmido) ao contactar com a superfície, propagando-se em regime turbulento. Sob condições favoráveis, estes escoamentos podem propagar-se a grande distância do local de origem.

Reunidas estas condições no dia 7 de junho, as observações de refletividade efetuadas pelo radar de Loulé/Cavalos do Caldeirão (L/CC) revelaram que numa região situada a sudoeste do Cabo de Sagres, ao início da tarde daquele dia, se verificou justamente um destes fenómenos, sendo possível constatar uma súbita diminuição da altitude dos topos das nuvens, conforme ilustrado pela animação representada na figura 1. Este fenómeno materializou-se, pouco depois, pela propagação do que se denomina por outflow convectivo – um escoamento horizontal, geralmente de caráter turbulento, originalmente produzido por uma corrente descendente organizada, associada a atividade convectiva.

Sobre terra, a disponibilidade de observações de superfície numa rede relativamente densa permitiu identificar os vários instantes em que a perturbação afetou cada local e, assim, traçar um mapa de isócronas. Esse mapa, representado na figura 2, contém linhas unindo os pontos afetados pelo fenómeno no mesmo instante. A chegada do outflow a um determinado local traduz-se pela substituição da massa de ar que se encontrava sobre a área, por ar mais frio (portanto mais denso, logo mais pesado) e mais húmido. Essa substituição é frequentemente acompanhada por rajadas de vento forte que, no presente episódio, chegaram a valores próximos de 80 km/h, como a figura 3 exemplifica para o caso da estação do Instituto Geofísico do Infante D. Luís (IGIDL, Lisboa). Em situações favoráveis, os sistemas de radar meteorológico conseguem identificar linhas de refletividade que resultam dos processos de convergência associados à propagação de outflows convectivos. A figura 4 representa a localização da linha de refletividade observada pelo radar de L/CC em diferentes instantes, durante a tarde de 7 de junho, conjuntamente com o mapa de isócronas já detalhado na figura 2. É interessante confirmar, numa análise comparativa, a coincidência quase perfeita entre a localização de uma certa isócrona e a localização da linha de refletividade num instante próximo. Qualquer das representações reflete a propagação do fenómeno, que se verificou de sudoeste para nordeste.    

 
  • Legenda da figura 1 – Animação de imagens 3D_View (IRIS), das observações das 12:50 UTC e 13:30 UTC de 7 junho 2015, radar de L/CC. Visualiza-se o aspeto tridimensional do volume delimitado pelo limiar de 2 dBZ de refletividade. Setas verticais assinalam a extensão vertical da massa nebulosa em cada instante (vista aproximadamente efetuada de norte para sul).
  • Legenda da figura 2 - Mapa de isócronas relativo ao outflow convectivo que na tarde do dia 7 de junho de 2015 se propagou sobre o sul de Portugal continental. Cada linha é referenciada pelo instante aproximado em que cada local da mesma começou a ser afetado pelo fenómeno.
  • Legenda da figura 3 - Observações da Pressão atmosférica na estação (Pest), temperatura instantânea do ar (T_inst), humidade relativa instantânea do ar (HR_inst) e força da rajada (Força Rajada) efetuadas na estação de Lisboa/Instituto Geofísico do Infante D. Luís, 13:30 – 17:30 UTC, 7jun2015. Assinalado com segmentos verticais a vermelho o período em que o outflow convectivo começou a afetar o local.
  • Legenda da figura 4 – Mapa de isócronas relativo à frente do outflow convectivo (esquerda); posição da linha fina de refletividade pelas 15:10 UTC, 16 UTC e 17:10 UTC, observada pelo radar L/CC (assinalada a tracejado branco), 7jun2015, no produto PPZ.
 

Centro de Media

  • Entrada Centro Media
  • Noticias
    • 2025
    • 2024
    • 2023
    • 2022
    • 2021
    • 2020
    • 2019
    • 2018
    • 2017
    • 2016
    • 2015
    • 2014
    • 2013
    • 2012
  • Comunicados imprensa
  • Multimedia
  • Divulgação

Siga-nos no

  • icon facebook Facebook
  • icon twitter Twitter
  • icon youtube Youtube
  • icon Educast IPMA Educast
 
 
 
  • Media

    • Notícias
    • Comunicados
    • Palestras / formações
    • Comunicados Imprensa
    • YouTube
    • Canal IPMA Educast
  • Redes Sociais

    • Facebook
    • Facebook - Açores
    • Twitter
    • Instagram
  • Serviços

    • Produtos e serviços
    • RSS
    • Apps Android
    • Apps Apple
  • Informações

    • Contacto
    • Links úteis
    • Bolsas de investigação
    • Projetos EEA Grants
    • ECMWF
  • Sobre o Site

    • Acessibilidade
    • Avisos legais
    • Mapa do site
    • Portal da Denúncia
  • Projectos WEB

    • Observar
    • Subscrições
    • Inquéritos
    • E-learning
    • Shakemap
 
  • Apcer - A marca da Certificação
  • Lisboa:
        UTC:

    Copyright © Instituto Português do Mar e da Atmosfera 2025
  • Ministério da Economia Ministério Agricultura e Pescas