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Localização ponto observação

mapa do local

A estação está localizada ao largo da Baía de Cascais e do estuário do Rio Tejo, a 38 ° 40'N 09 ° 26,2 'W, aproximadamente a 4 km da costa, com uma profundidade de cerca de 38 m (Figura 1). A hidrografia da baía é influenciada pela morfologia costeira, a topografia do fundo (canhões submarinos de Lisboa e Setúbal) e a descarga de água doce do rio Tejo (Ribeiro & Amorim, 2008).

O CascaisWatch é considerado como estando sob a influência do sistema de afloramento do Atlântico Nordeste durante o período de primavera e verão. Este afloramento sazonal é responsável pela produção de fitoplâncton que promove uma abundância estável de zooplâncton ao longo do ano (Santos et al., 2007).

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Variação da temperatura, salinidade, Chl locais

std sazonal

Variações sazonais e interanuais

O ainda curto período da série de dados é um factor limitante na análise interanual. No entanto, verifica-se que o ciclo anual da biomassa de zooplâncton apresenta um padrão bimodal, com pico de biomassa em Abril e Agosto. Os copépodes são o grupo mais abundante durante todo o ano, especialmente no período de Agosto a Novembro, apresentando uma correlação negativa significativa com a temperatura da água do mar. Os copépodes na Baía de Cascais estão maioritariamente representados pelos géneros Acartia, Paracalanus, Oncaea, e Oithona. Outras espécies (Temora stylifera, T. longicornis, e Centropages spp.) são também importantes ocorrendo mais tarde no fim da época de produção e, explicam as grandes abundâncias de copépodes registados perto do fim do ano. A abundância total de copépodes apresenta uma correlação negativa significativa com a temperatura in situ (r2- 0.7848), o que é verificado pela oscilação das anomalias interanuais.

No entanto, a diminuição de copépodes segue as tendências já obtidas na estação de Vigo (norte do local de Cascais), onde os copépodes Acartia clausi e Calanoides carinatus têm vindo a diminuir. Por tudo isso, é necessário mais dados para entender melhor essa mudança na abundância de espécies ao largo de Cascais e a sua relação com o aumento da temperatura ao longo dos últimos 30 anos (figura em baixo). Além disso, a necessidade de identificar as larvas véligers de Bivalvia para o nível taxonómico mais baixo é necessário, a fim de compreender a importância de espécies invasivas na área.

O registro da temperatura a longo prazo para esta região demonstra que as temperaturas médias de superfície estão atualmente a aumentar relativamente ao observado nos últimos 100 anos.

Monitorização da SST (HadISST 100 anos) ponto próximo do local

sst 10anos

Referências

Garaulet LL. 2011. Estabelecimento do bivalve exótico Ruditapes philippinarum (Adams & Reeve, 1850) no estuário do Tejo: caracterização da população actual e análise comparativa com a congénere nativa Ruditapes decussatus (Linnaeus, 1758) e macrofauna bentónica acompanhante. Msc. Thesis. University of Lisbon, 77pp.

Moita MT, Oliveira PB, Mendes JC, Palma AS 2003. Distribution of chlorophyll a and Gymnodinium catenatum associated with coastal upwelling plumes off central Portugal. Acta Oecologica, 24: S125–S132.

Ribeiro S, Amorim A. 2008. Environmental drivers of temporal succession in recent dinoflagellate cyst assemblages from a coastal site in the North-East Atlantic (Lisbon Bay, Portugal). Marine Micropaleontology, 68: 156-178.

Santos AMP, Chícharo A, dos Santos A, Moita T, Oliveira PB, Peliz A, Ré P. 2007. Physical-biological interactions in the life history of small pelagic fish in the Western Iberia Upwelling Ecosystem. Progress in Oceanography, 74: 192-209.