Os foraminíferos são organismos eurcariontes unicelulares (protistas) caracterizados por um rede granuloreticulosoa de pseudópodes extensíveis usados na captura de alimento, locomoção e outros processos do seu ciclo de vida. São organismos ubíquos no meio aquático, presentes desde os solos humedecidos até os locais mais profundos do oceano. Desempenham um papel importante no funcionamento dos ecossistemas e nos processos biogeoquímicos, alterando a estrutura do sedimento, fornecendo refugio e substrato para outros organismos, incluindo Metazoários. Influenciam igualmente a deposição de partículas no fundo marinho, criam zonas de exclusão impedindo o assentamento larvar ou eliminando Metazóarios por competição de recursos limitados. Alimentam-se maioritariamente de matéria orgânica, desempenhando um papel importante nas cadeias tróficas e no ciclo do carbono.

Estudos recentes indicam que algumas espécies são capazes de sobreviver em laboratório quando sujeitas a elevadas concentrações de pCO2 o que sugere que poderão ser potenciais sobreviventes no meio natural em ambientes com estas características. Os foraminíferos, incluindo as espécies de concha orgânica, formam um grupo pouco estudado, no entanto, devem ser tidos em conta nos estudos de biodiversidade quer a uma escala local como global pelo seu papel nos ecossistemas. Para além de serem actualmente muito abundantes e diversificados nos oceanos, no passado poderão ter tido um padrão semelhante, nomeadamente no final do Neoproterozóico.

Pesquisas recentes mostram que os gromideos, pelas dimensões que podem apresentar, deixam rastos no fundo marinho. Estes registos fosseis levantam questões sobre o real período em que os Metazoários surgiram. O enigmático fóssil atribuído ao género Paleodictyon, encontrado em alguns locais do fundo oceânico, pode, na realidade, ter sido feito por foraminíferos gigantes denominados xenofioforos.