No final de fevereiro, nas escalas temporais mais curtas, SPI 3 e 6 meses, verificou-se um aumento da área em seca fraca progredindo para a bacia do Tejo e Ribeiras do Oeste.
Nas escalas mais longas (9 meses e 12 meses), também aumentou a área em seca fraca na escala de 9 meses. No SPI 12, é visível o impacto de alguns meses com precipitações inferiores ao normal no ultimo ano, refletindo-se no valor do índice associado às classes de seca. Destacam-se as bacias do Sado e Guadiana na classe de seca severa (o que evidencia a não recuperação efetiva no ultimo ano).
O índice SPI (Standardized Precipitation Index), foi desenvolvido por McKee et al. (1993) e baseia-se na precipitação standardizada, que corresponde ao desvio de precipitação em relação à média para um período de tempo específico, dividido pelo desvio padrão do período a que diz respeito essa média.
Matematicamente, o SPI corresponde à probabilidade cumulativa de um determinado acontecimento de precipitação ocorrer numa estação. O resultado computacional da precipitação standardizada é linearmente proporcional ao défice de precipitação e permite especificar a probabilidade, a percentagem da média e o défice de precipitação acumulada.
Quadro– Classificação do índice SPI para períodos secos e períodos chuvosos e correspondente probabilidade de ocorrência | ||
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Valores do SPI | Categoria da seca | Probabilidade % |
≥2.00 | chuva extrema | 2.3 |
1.50 a 1.99 | chuva severa | 4.4 |
1.00 a 1.49 | chuva moderada | 9.2 |
0.99 a 0.50 | chuva fraca | 15.0 |
0.49 a -0.49 | normal | 38.2 |
-0.50 a -0.99 | seca fraca | 15.0 |
-1.00 a -1.49 | seca moderada | 9.2 |
-1.50 a -1.99 | seca severa | 4.4 |
≤ - 2.00 | seca extrema | 2.3 |
O SPI pode ser calculado considerando séries de períodos médios, selecionados de modo a se determinar séries de escalas de tempo de i meses, onde i = 1, 2, 3, ....12, ....,24, ...., 48 meses (ver periodos utilizados) .