Anticiclone
São regiões de alta pressão atmosférica em torno dos quais o vento sopra no sentido do movimento dos ponteiros do relógio no hemisfério norte (e em sentido contrário no hemisfério sul), porque a pressão atmosférica é máxima no centro e diminui à medida que a distância ao centro aumenta.
Considera-se, neste documento, dois tipos de anticiclones: frios e quentes (subtropicais). O anticiclone dos Açores é um exemplo de um anticiclone subtropical. O outro tipo de anticiclone desenvolve-se geralmente durante o inverno sobre os continentes. No entanto, podem desenvolver-se também nas regiões oceânicas a leste de territórios continentais, a latitudes elevadas.
Frios:
A situação ilustrada é responsável por invernos mais frios e secos em Portugal Continental.
Campos da pressão ao nível médio do mar (hPa) e do geopotential (mgp) aos 500hPa (cerca de 5000m) previstos pelo modelo do ECMWF para o dia seguinte (26/1/2005) às 12UTC. Em Portugal Continental, a situação sinóptica é determinada pela acção conjunta de um anticiclone localizado a Oeste das Ilhas Britânicas e uma depressão centrada no Mediterrâneo Ocidental. Estes dois centros barométricos originam um fluxo de ar frio proveniente de Nordeste, como se pode constatar (figura em baixo) através do campo da advecção de temperatura aos 850hPa (cerca de 1500m) previsto pelo modelo do ECMWF para o dia seguinte (26/1/2005) às 12UTC: zonas de cores verde e azul indicam advecção de ar muito frio.
Quentes ou Tropicais: O anticiclone conhecido por "anticiclone dos Açores" é um exemplo de um anticiclone subtropical.
Campos da pressão ao nível médio do mar (hPa) e do geopotential (mgp) aos 500hPa previstos pelo modelo do ECMWF para o dia seguinte (18/7/2005) às 12UTC.
O estado do tempo em Portugal Continental é condicionado pelo anticiclone dos Açores (situação típica de Verão). Pela imagem de satélite (Meteosat) na banda do infravermelho pode observar-se pouca nebulosidade na Península Ibérica.